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Mostrando postagens de novembro, 2024
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- Lu, bora na rua Nova? Tem uma loja que quero conhecer. - Bora! E conversamos, andamos, almoçamos juntas, o primeiro Uber cancelou depois de muito tempo de espera.  Terminamos exaustas gargalhando no sol quente, sentadas na calçadinha da frente de uma loja chamada Torra Torra, do lado de uma moça num banquinho repetindo sem parar:  - Tatuagem, piercing, troca de joia, tatuagem, piercing....  A felicidade pode ser muito simples.💞❤️

Ao meu pai, com muito amor

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Daqui a poucas horas faz um mês que tu morreu, Dedizinho. Te amo tanto! Hoje mainha disse que viu um vídeo que fiz contigo no hospital, 15 dias antes de tu ir, a gente tava assistindo Zeca Baleiro e Chico César e ela perguntou qual música tava tocando, se era uma que tu disse que gostava. Eu disse que não, que esqueci qual foi a música que tu disse: é minha música! Aí fui procurar que música tava tocando quando fiz o vídeo em que pedi pra tu acenar, perguntei se tu tava se sentindo bem, e tu mandou beijo. Era um vídeo pra acalmar a gente, porque tu tava no teu melhor dia de recuperação. Pois vi o vídeo e pelo trechinho que tinha fui buscar a música, eu não conhecia.  Chovia no canavial Na noite que eu quis partir Tristeza no meu carnaval Cantava longe a juriti Um canto que era o sinal De tudo o que estava por vir Futuro rochedo de sal Na vida doce mel que eu cri Bagaço do bem e do mal Espaço-tempo que eu vivi Fruta no pé, pés no quintal Meu pai, minha mãe, um rubi No mato do amor, ...
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 Ouvi dizer que esta semana começa na terça de noite.🥸 Toda vez que a lucidez volta é dia de começo. Me lembrei de um trecho de Dadá e Corisco, depois de morrer meio mundo de gente Dadá bateu o pé: "Quem morreu morreu, quem não morreu não morre mais!". E foi respeitada, a matança parou justo quando chegou na vez de morrer uma mulher que ela queria bem.  Pois bem, por quê não eu? Talvez eu deva me salvar.
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Pois bem, quantas histórias posso inventar? Todas as que um juízo infinito em possibilidades e ao mesmo tempo amarrado às próprias histórias anteriores puder inventar.  Pois vamos a uma mais: domingo de tardezinha fomos no Atacadão da Torre e eu estava exausta, tava tão cansada que deixei Mel pagando e fui sentar no carro.  Saí do elevador e uma cadela estava lá, pedinte, implorando atenção de um e de outro, e olhando e cheirando os cachorrinhos que passavam dentro dos carrinhos. Parei e me sentei, ela pulou em cima de mim e dei a ela meu pastel de forno que ia levar pra jantar.  Mel chegou e ela fez a festa pulando em Mel, encantada com a comida e a atenção, mas Eu disse não, não quero mais cachorros (Mel vem me pedindo desde bem antes de painho morrer, talvez como um alento de afeto sabendo o que viria), e fomos embora pro supermercado. Mas ela não saia da minha cabeça, eu olhava pra Mel e ela me olhava em silêncio. Então eu disse: e se ela matar Cléo? Mas ela era dócil...