Pois bem, quantas histórias posso inventar? Todas as que um juízo infinito em possibilidades e ao mesmo tempo amarrado às próprias histórias anteriores puder inventar. 
Pois vamos a uma mais: domingo de tardezinha fomos no Atacadão da Torre e eu estava exausta, tava tão cansada que deixei Mel pagando e fui sentar no carro. 
Saí do elevador e uma cadela estava lá, pedinte, implorando atenção de um e de outro, e olhando e cheirando os cachorrinhos que passavam dentro dos carrinhos. Parei e me sentei, ela pulou em cima de mim e dei a ela meu pastel de forno que ia levar pra jantar. 
Mel chegou e ela fez a festa pulando em Mel, encantada com a comida e a atenção, mas
Eu disse não, não quero mais cachorros (Mel vem me pedindo desde bem antes de painho morrer, talvez como um alento de afeto sabendo o que viria), e fomos embora pro supermercado.
Mas ela não saia da minha cabeça, eu olhava pra Mel e ela me olhava em silêncio. Então eu disse: e se ela matar Cléo? Mas ela era dócil demais, né? E Mel se ofereceu pra pegar Cléo na caixa de transporte e levar lá pra ver a reação dela. Nem deu tempo.
Eu disse: bora passar lá pra ver se ela ainda tá. Tava. Tava dormindo no lugar que a gente deixou, e se levantou em pura euforia quando acordou e viu a gente chegando. Pois bem, é nossa, sou a avó e Mel é a mãe (dona).
Mel subiu, comprou coleira, uma cama e brinquedo, ela vai cobrir as despesas da cadela dela. Chegamos em casa e a cadela passou por Cléo e nem tchum, quem reclamou foi Cléo.
Lembrei que três dias antes de painho morrer,  postei no Instagram uma foto de 2017 de painho com Lôra no braço, no mesmo dia em que postei aqui, 26/10/2024. Abri a foto e nos surpreendemos, e fiquei ali na sala sentada e me arrepiando.


Eis que Vida (sim, o nome dela é Vida) é a cara de Lôra. A vida tem suas Graças e eu agradeço.❤️

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