Inteireza, afinal

Para que eu não esqueça.

Meditei para controlar a ansiedade e a sensação ruim que me acompanhou a semana toda. De rejeição, de necessidade de atenção, de codependência, de precisar ser validada por Carlos.

Antes de meditar e me concentrar apenas na vela, lembrei da conversa com tia Emília e com a psicóloga sobre quem estar comandando ser a minha criança ferida, sobre a necessidade de eu me colocar à frente dela e dizer que eu sei resolver, que ela pode ficar tranquila.

E então respirei e meditei, e fui conversar com Carlos. E finalmente consegui entender que ele parece que não está pronto para o amor. O amor que ele procura é uma tábua de salvação e hoje aprendi que só você mesmo pode se salvar, só quem descobre o amor próprio está pronto para amar. Ele é um homem ansioso e cansado, que quer encontrar alento e colo. Ele está cansado, come demais, estressado demais, pré diabético e continua comendo todo dia comida gordurosa. Falei com ele alegremente, enxergando o amigo de 5 anos, o amigo conquistador e insatisfeito, mas boa gente. 

Consegui me desapegar dele e me sentir apenas amiga, e ter empatia e abrir o jogo, assim como ouvi dele que há muito tempo ele está tão só que não sente que está acompanhado. Que está comigo e se sente como se estivesse sozinho. Então senti que talvez tenhamos apenas empatia e amizade, que eu estou pronta para amar mas não sei se é ele, e que ele achou que me conquistou e perdeu a graça, conversei abertamente sobre isso e rimos. Ele disse que não é assim não, rimos mais ainda, foi uma conversa em que eu brinquei e falei tudo com o amigo, como sempre fazia.

E me senti livre, gostaria muito de manter essa liberdade dentro de mim. De me sentir inteira. De estar inteira qdo a gente se encontrar para terminar ou continuar, quero manter a sensação que estou hoje, a sensação de que sou inteiramente minha.

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