Gosto de estar aqui, embora hoje tenha sido a primeira vez que senti saudade da minha casa. 
E não foi porque aqui está ruim, foi uma coisa simples, passei no supermercado e na entrada estava uma promoção de diversos tipos de desinfetante, me deu vontade de cheirar e escolher um para a minha casa. Saudade disso. 

Estou descobrindo a amizade da minha mãe ainda nesta vida, e tem sido imensamente gratificante. Eu estou me curando. 

Eu estou recebendo e ela está recebendo, eu estou disponível e ela está disponível para um caminho de equilíbrio. 

Sobre a minha casa, Mel está morando com Vida e Cléo lá e não me vejo voltando. Talvez o futuro seja como Mel propôs, ela me paga aluguel e com o dinheiro eu pago um aluguel perto do trabalho. Talvez, é, talvez.

Agora de manhã, sábado, mainha foi arrumar o quarto e os remédios que foram de painho, de repente ela começou a cantar... A força deste amor... lalari lalari... e eu estou aqui no quarto do lado imaginando quando painho fez uma poesia pra ela e foi chorando entregar. Eu vi. 

O amor deles é sólido e resistente. Painho fez muito do que queria, mainha não, ela escolheu fazer o que era necessário. É um amor lindo de se ver! Mas, de verdade, eu não gostaria de estar na pele dela, uma vida de batalhas externas e  principalmente internas, e castração. Sei que não é só isso, mas é muito disso.


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