Antes tarde!
Há nóias que duram mais que uma vida, o sujeito nasce e morre sem compreender a que veio em determinados pontos. E repete e repete (e repete) as escolhas baseado numa premissa escondida no fundo da sua alma, tão escondida que ele nem sabia que estava lá.
Um dia, do nada, ou do tudo, quando procurada incansavelmente, quando trabalhada insistentemente a busca, essa premissa fica descoberta por instantes. E então forma-se o insight, um clarão que expõe o ponto, o “x” da questão, que definitivamente não poderá se esconder novamente, embora até tente. E nesse ponto as lágrimas e o sofrimento são tomados de surpresa. A surpresa da descoberta da equação, do início da resolução. Tudo se bagunça e se reorganiza numa ligeireza instantânea, assusta e encanta.
Em que ponto isso aconteceu? Não importa. Agarre essa luz, não largue e menos ainda esqueça, abra espaço, sim abra cada vez mais e mais, deixe a visão se expandir, descubra até encontrar parede sólida novamente. E desconfie, desconfie sempre de qualquer solidez. Ela pode ser real, ou não.
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