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Mostrando postagens de setembro, 2020
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Mau humor terrível, nada se encaixa. Mainha, o que tu tem? Não sei, nem eu me aguento.  Como assim não sabe? Não sei. Se minha mãe tivesse uma carreira de peito era uma porca, ela não tem, logo... mas nada é tão simples assim. Não sei, PONTO. Morreu o papo.  Vai pra Aldeia neste final de semana? Vou não. Vou ficar comigo.  Até que ponto pode-se implodir sem explodir? A pergunta martelava. O medo de me desconjuntar rondando. Calma, vai com calma, um passo de cada vez. Isso não está instalado para fazer graça, então deixe se aquietar, recomendou o bom senso com a maturidade, num eco vindo de algum canto. Ouvi que entre os 35 e os 50 a crise da meia idade chega batendo, questionando as expectativas e as demandas frente a sua verdade, aquela abafada tanto que você nem sabia que existia.  E isso veio acompanhado do texto de Clarice: Se eu fosse eu. Um texto muito foda. A explicação sobre ele também.  As coisas clarearam, putz! Eu tantas vezes não sou eu! Mas tou apre...

Fecundidade: que condições seriam férteis para tracejar futurações outras que rompam entraves atuais?

Não faço ideia, a luta de cada dia tem sido para aprender sobre a inconsistência e a fluidez das possibilidades da vida. Aceitar isso é duro. Os últimos meses tem sido de sobrevivência e comedimento. Isso leva a dias de exaustão. Sem muitos planos, sem certezas, sobreviver com alguma sanidade tem sido uma batalha, em dias, vencida, em outros, na linha do abismo. E assim vou pé ante pé.

Por onde começar sua lista de predileções, preferencialmente longa ?

  As minhas predileções ainda são antagônicas, capazes de um 180 sem deixar tontura. Sim, isso me assusta, as vezes. Adoro desde o entardecer e o silêncio a uma insanidade com amigos. Talvez o que mais me encante seja a liberdade. De ser feliz, triste, sorrir, me arretar, amar, ou detestar. Talvez a minha maior predileção seja a liberdade de ser o que sou. Imperfeita, incompleta, inconstante, mutante, falha. Sem o peso do caminho do meio, sem tanta censura. Sou, sou o cão chupando manga. Ou sou um amor de gente. E tudo bem. A liberdade de ser e assumir os riscos de ser, essa é a minha única predileção atual. Dentro dela cabem todas as outras. Até o comedimento. Até onde é possível desconstruir sem implodir junto? Não sei.

Cabeleira

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Ser mulher, as vezes

 Ser mulher é FODA! - Melhor andar na pista principal. Conselho cuidadoso.  - Lu, leva esse ferro, é leve. Cuidado amoroso. - A senhora tá vindo do sítio do Major? Tou. Foi até as placas? Fui perto. Vá pra lá não, fica esquisito. Outro conselho cuidadoso, motoqueiro desconhecido. E assim, cercada de cuidados, caminho mais pesada do que sou. Ser mulher pesa. Porra! São tantas trilhas massa fora da pista principal! Por que não? Foda-se! (não sem antes o grilo falante: - Lu, a gente vai? Então vai ciente de que podemos nos lascar). Vou, cale a boca que tu também pesa.  Se saí da pista principal? Hoje saí. Saí com medo. Não sem antes de relaxar escutar se vinha alguém, prestar atenção se vinham passos etc etc etc. Então sentei, relaxei, só eu sabia onde eu estava, eu, a natureza e a liberdade. Preciso fazer mais isso. Na volta reencontro a cobra morta que vi na vinda, passei por ela na pista, linda e colorida e morrida matada. Sorrio: Danada, tu morreu só por ser cobra. Eu po...

Terapia + Insight

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O que você espera de um relacionamento, qual o seu objetivo ao entrar em um relacionamento?  Amor. Proteção. Cuidado.  - Mulher, tive um insight. Você acha que precisa de proteção? Eu? Não. Meu Deus, não!!!  E chegou o primeiro insight. Quem precisa de proteção era a minha criança, a que ficou ferida lá atrás! Eu não preciso de proteção, eu desejo companheirismo!  Mas como o meu padrão é (ou era) dessa necessidade da infância e eu não encontrava isso nos homens no nível de idealização que eu fazia, ao contrário, encontrava homens feridos, eu assumia o controle da relação, doava amor, proteção e cuidado.  Tentava me salvar tentando salvar eles? Ou simplesmente esperando um dia receber o que eu idealizava? Até o dia em que eu cansava e acabava cada relacionamento. E então repetia o mesmo padrão com o próximo. Então chegou o segundo insight: vem daí  a minha sensação (e reclamação) de me sentir mãe dos meus homens e de acabar por cansar deles e acabar o relaci...

Anti Cristo?

  Jesus Cristo descendo em um nuvem resplandecente, com raios, trovões e tempestade, fazendo estremecer o mundo sem derrubar, visto em norte, sul, leste e oeste da terra. Dizendo que se cada um esquecer o que aprendeu no medo da quarentena, queimará no fogo eterno no inferno. Infelizmente uma dúvida restou: e os masoquistas? Eles gostarão! E os sádicos? Eles também gostarão! E Cristo: Morte eterna aos sádicos e aos masoquistas. Só os bonzinhos começarão o novo mundo!  E não ficou ninguém, por falar nisso, cadê o Cristo? Voltou ao céu. Não ficou  um cristão para contar a história.

Sonho e expectativa

É um perigo sonhar com expectativa É possível sonhar sem expectativas? E quando o acaso entra devastando um sonho? Num desfecho inesperado? Se sonhar é sempre expectativa Melhor ser um otimista realista? Acho que Ariano falou Tem graça isso? Talvez Ou se esborrachar inteiro em frustração pelo acaso Ou entrar em êxtase pela ausência do acaso? Talvez o otimista realista Eu sou eu e minhas circunstâncias, não sei quem falou Mas cadê o sonho?

Tempo perdido X Tempo ganho

  Como delimitar tempo perdido ou tempo ganho?  Suponho que o melhor seja medir por satisfação pessoal no que está sendo feito dentro do tempo que se dispõe. E dar um desconto, se a tarefa for necessária mas não tão prazerosa, contará como tempo ganho, ou coluna do meio.  Ou talvez tempo perdido seja muito do tempo que você gasta em tarefas tanto fez como tanto faz. Se bem que isso pode mudar categoricamente com influência de fatores externos.  Antes da pandemia, nem sonhar em ficar cozinhando num sábado à noite e achar interessante, não havia perigo, e cuidar de plantas então? Nem lascando. No máximo, escolher ficar em casa comigo mesma.  Os fatores externos podem mudar tudo, a quarentena me faz estar, neste sábado à noite, feliz da vida cozinhando pra mim e no domingo cuidando de minhas plantas.  Eu disse cozinhar e cuidar de plantas? Êta quarentena veia de guerra. Tou rendida.

Poder e subserviência

Tudo o que existe está inserido em uma relação de poder, acho.  Uma eterna movimentação em busca de, infinitas as necessidades. Todas, sem exceção, gerando movimentos. Todos, sem distinção, são relações de poder. Em cada uma delas ímpeto da luta. Ação e reação. Essa é a natureza de tudo que existe. E em cada movimento um cede e outro ganha. Dentro de si mesmo. Entres os da mesma espécie. Entre as espécies. Por espaço, em constante busca de poder. Esse é o movimento natural. A evolução das espécies. A história da terra. Do universo. E a servidão, onde fica? Fica neste contexto, manda quem tem mais força, obedece quem quer sobreviver. Não acredito em servidão voluntária, algo mais profundo enraíza a servidão, algo que está além dela mesma.   Algo que fica encravado dentro, ancora a servidão. A subjugação crônica cria o hábito da servidão, de aceitar “o que está estabelecido”? Quantas vezes é necessário repetir uma mentira para que ela se torne uma ver...