Poder e subserviência
Tudo o que existe está inserido em uma relação de poder, acho.
Uma eterna movimentação em busca de, infinitas as necessidades.
Todas, sem exceção, gerando movimentos. Todos, sem distinção, são
relações de poder.
Em cada uma delas ímpeto da luta.
Ação e reação.
Essa é a natureza de tudo que existe. E em cada movimento um cede e
outro ganha.
Dentro de si mesmo.
Entres os da mesma espécie.
Entre as espécies.
Por espaço, em constante busca de poder.
Esse é o movimento natural.
A evolução das espécies. A história da terra. Do universo.
E a servidão, onde fica? Fica neste contexto, manda quem tem mais força,
obedece quem quer sobreviver.
Não acredito em servidão voluntária, algo mais profundo enraíza a
servidão, algo que está além dela mesma. Algo que fica encravado dentro, ancora a
servidão.
A subjugação crônica cria o hábito da servidão, de aceitar “o que está
estabelecido”? Quantas vezes é necessário repetir uma mentira para que ela se
torne uma verdade?
Quanto tempo até descobrir que uma mentira é apenas uma mentira?
Quantos são capazes de acordar (do esforço de acordar) e colocar o
pescoço em jogo para convocar os demais a acordar? Quem vai querer ouvi-los e
colocar seus pescoços também na linha de batalha?
Olhemos para os nossos próprios pequenos “dramas”, há quanto tempo eles
nos acompanham?
A sociedade ensina as crianças a serem diferentes do que são?
Quem somos nós na fila do pão?
Somos capazes de colocar o pescoço para chamar os outros à luta?
Verdadeiramente, somos?
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