Pertencimento
Atravessar avenidas e avenidas a pé em Recife, dá um faniquito!
Marzão de carros, deixei se aproximar a sensação inquietante, e me senti uma piabinha anônima e perdida.
-"Carai", quem sou eu aqui!? E uma voz lá de dentro me disse: NINGUÉM! Mas rebati.
- Sou Luciana, sou filha de Ana e Lula, sou mãe, e sou mulher, eu sei de onde vim. E emendei em resposta para a sensação do nada: Foda-se!
E senti o calor de estar em mim de novo. E pensei, posso morrer mas sei quem sou, eu sei quem sou. Sentir pertencimento deveria ser um direito, não um privilégio. Sou privilegiada.
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