Espaço

Apego. Cinco letras que pesam.
Liberdade, nove que flutuam.
Quando estou livre dos meus julgamentos (e estigmas) sobre o que sou, quem sou, como sou, o que devo, ou não devo, certo ou errado, onde tudo é julgado, encaixado, medido, pesado e catalogado, quando a liberdade se instala e o ego se aquieta, incrivelmente tudo cabe. E mais incrivelmente ainda, assim bem redundante, retumbante, é que as melhores escolhas acontecem. 
É fato, tenho muitas feridas, chamo de feridas as experiências que vivi quando não tinha idade para compreensão, então as interpretações se cristalizaram como pude assimilar lá na infância. Criei muitos estigmas sobre mim mesma e sobre os outros, e fui isso durante muito tempo. 
Tenho mudado muito, me descolar do eu sou assim tem me libertado, foi um longo caminho até acordar de madrugada com a frase: a liberdade que você tem ninguém te tira, Luciana. Ainda lembro desse dia, acordei falando essa frase, acordei e escrevi, adormeci. E de lá para cá continuo expandindo a liberdade dentro de mim. Esse tem sido o meu maior presente para mim mesma. Nele vivo e me movo. E quando me enrosco sei que tou enroscada, e sei que vou sair.
E isso é bom.

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