Autonomia emocional, eu começo a saber do que se trata, é o lugar seguro dentro de mim.

E hoje de manhã enquanto eu estava sentada na cama, satisfeita constatando que morar em mim é seguro, e que o esforço para chegar neste lugar tão simples valeu a pena, entrou pela janela no 19º andar um aripuá. Oi meu amor, estou te vendo, e ele voou um tempo perto do meu ombro. Então o perdi de vista e me levantei para procurá-lo porque eu ia sair e não queria deixá-lo preso no quarto Assim que me levantei ele reapareceu e saiu pela janela, nem o perdi nem o prendi, ele é livre e eu também, e de alguma forma continuamos nos encontrando.


É seguro ser quem eu sou. 
É seguro ser quem eu estou. 
É seguro que eu escolha as minhas decisões, são as minhas decisões e a minha vida. Eu arco.
É seguro que eu respeite os meus limites. 
É seguro que eu me respeite. 
É seguro que eu diga que não aceito, não quero, não farei.
É seguro que eu não queira fazer para agradar. 
É seguro que eu só permaneça onde haja respeito. 
É seguro que eu me segure em mim mesma quando a vida está difícil.
É seguro que eu me dê o direito de ser livre. 
É seguro que eu esteja aberta ao mundo. 
É seguro para mim amar porque eu estou segura comigo.
É seguro para mim eu me amar. É seguro eu me amar. É muito seguro eu me aceitar.
E sim, eu desejo amar e ser amada com liberdade e escolha, e com o compromisso nascido do afeto.
É seguro para mim não ter apego. 
É seguro para mim ter afeto.
Está na hora de eu me abrir. 
Posso me abrir ao outro porque eu estou comigo. 

Gracinha de jesuizi, tas de paquera?
Por enquanto, só comigo. 
E? 
Mô véi, se eu tava de relacionamento comigo mesma num dava pra botar um terceiro né, fechei todas as portas. Vou começar abrindo uma janelinha. Quando surgir alguém espiando, espio também e vejo se me engraço, e aí a roda roda. A roda roda desde que o mundo é mundo. 

 


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