Dormi aqui em mainha, ontem amanhecendo o dia ela ligou, Lu, teu pai tá com febre, começou uma e pouco e a oxigenação tá oscilando, mas vamos tratar em casa, hospital de novo não e não sei ligar o oxigênio. Liguei pro meu irmão ir logo enquanto eu tomava banho pra ficar pronta pra ir na ambulância.

O médico examinou e disse o esperado, vamos remover né; ele me perguntou? Aquele né não mentiu, buscava aprovação. Eu olhei nos olhos dele pra entender a pergunta, senti medo e serenidade. Se era aquilo que tinha, rebati, dá pra fazer em casa?

E ele ficou me olhando... Dá. E aí me vi sozinha, a decisão era minha? Chamei meu irmão e mainha. 

Chegaram duas sacolas grandes, os trinta kits de antibiótico e o material descartável, junto com uma técnica de enfermagem que virá três vezes ao dia pro antibiótico venoso, e seguimos a rotina de sempre de painho. É esquisito isso, tá igual ao hospital, só que a gente quem afere os sinais e se houver intercorrência não tem enfermeira por perto. Esse último parágrafo tá igual a vida da gente, na rotina do dia a dia isso não é diferente.


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