Eu tou me sentindo uma cebola, em cada ponto que me apoio achando que cheguei em terreno sólido, ele se desfaz e descubro que é só um modelo de ver. Nos momentos de interação com as pessoas de perto, tenho tentado dar uma passo atrás pra observar melhor, tou me descongelando de padrões.
Uma coisa que tá difícil é quando reajo utilizando os padrões de antes, quando não consigo dar um passo atrás. O que era antes automático e agora é reconhecido, quando acontece de novo sinto uma certa vergonha, é como se agora sabendo eu tivesse dó, não só de mim, mas também da reação dos outros à minha reação, gerando um emaranhado que já não seria mais necessário. É uma luta parar de sentir culpa.
- Algumas culpas, como a compreensão real de algo negativo, não machucam se servirem de motor a transformação. É como a firme decisão de não ir mais em um lugar que me fez mal.
No meu corpo, fora a tensão, é uma fome que não passa e já ganhei 13 quilos.
- Ou são bombeiros ou outras questões fisiológicas. Bombeiros são apressados em resolver.
Sim, senti a pressa e cobrança minhas.
- Pergunta carinhosa: Para que tanta pressa? Ou: qual o seu receio, parte apressada, de ir mais devagar? A alma às vezes é quem tá comendo. A energia psíquica em busca de fontes mais nutritivas come os próprios bloqueios e ficamos mais leves.
Foi uma pergunta forte! Eita gota! Pressa pra deixar de ser quem eu sou. E volto pro ponto inicial: não perdão, vergonha e culpa, raiva e mágoa. Quando acho que a pedra no meio do peito se foi, ela só se disfarçou.
- E qual o receio de ser quem sou? O que pode acontecer se apenas sou quem sou...
E aqui um resposta que não escrevi: eu vou continuar sendo aquela que não vale nada, que ouvi quando criança. Rodo rodo e quando acho que andei, o início ainda está lá. A mesma criança do começo da história....
Cristo, a mesma criança lá do começo da história... aquela que não valia nada. entrou por uma perna de pinto saiu por uma perna de pato... "eu pensei correr de mim, mas aonde eu ia eu tava, quanto mais eu corria mais pra perto eu chegava". Aiaia vida, minha vida. Sou eu comigo mesma e eu mesma comigo.
Ô inconsciente véi dando desordem. Eis eu aqui bem bonitinha girando no samsara.
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