Abertura

 


E um dia eu verei o quem eu sou, verei onde eu virei a minha identificação com a pedra, como um sujeito que agarrou o objeto e se objetificou. O lugar onde eu me congelei na muralha criada por mim, onde ser eu se tornou insuportável e exigiu adaptação severa.

E esse dia começou, eu estou me libertando do congelamento entre sujeito e objeto... e então cheguei no eu não sou, não o eu não sou da criança identificada com a pedra e se congelando no trauma, agora eu sou o eu não sou adulto. Eu não sou a pedra. 

Criança, você não é a pedra, não é mais necessário ter porta nem muralha e eu vou te mostrar.

Descobri ainda ontem que a porta/muralha não tinha fechadura mesmo. Eu criei ela. E que depois dela não há outra porta a abrir, não há um eu sou mais agradável para ser nomeado. Se eu não sou mais pedra, agora o eu apenas eu sou. Abracadabra! Eu sou não precisa de definição!, só precisa de dois passos que podem levar uma vida inteira:
1) Eu vejo a Pedra!
2) Eu vejo que não sou a pedra!

E eu não preciso me congelar novamente encontrando outra pedra.
Eu sou o presente. 

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