Distorções.
Ontem fui para a natação e usei muito o palmar, terminei moída e satisfeita.
Tive uma noite ruim, cheia de sonhos que não lembro e corpo dolorido.
Acordei moída, e estar moída mudou o meu olhar para o negativo.
Olhei para o espelho e o cabelo avermelhado que eu tinha achado lindo estava em pé, pensei: tou parecendo um galo de campina, pqp! Olhei olhei e não vi as mechas de tonalidades variadas, e pensei de novo: eita como tou feia, meu cabelo com mechas foi embora e ficou só vermelho, tou horrível! E me imaginei pintando os cabelos de castanho de novo porque o cloro estragou as mechas. A visão fechou em túnel.
Quando percebi, parei e prestei atenção nos pensamentos. Por que tão rígidos? E relaxei e tomei consciência e pés no chão.
Cheguei no trabalho com o cabelo seco, as mechas estavam lá. Tudo certinho e bonitinho. E percebi:
Vamos lá: rotulação/filtro mental/raciocínio emocional/maximização/catastrofização.
Na verdade, tudo que aconteceu foi:
Acordei cansada e dolorida e com vontade de passar o dia em casa mexendo em artesanato. Só.
E nisso me vejo parecida com mainha, normalmente ela fica mais aborrecida de noite, sempre que está cansada. Me vi fazendo semelhante, confundindo sensação corporal com estado de humor, com 'eu não sou', porque estou aborrecida. Para chegar no 'tu não é' e apontar o dedo é um pulo, repassando um estado do corpo para emoção e extravasando para outras pessoas. Quem nunca? Pois é.
É interessante aprender sobre a disfunção emocional aprendida lá atrás.
É bom saber reconhecê-la e voltar para mim. Sim, eu sei que o mim também estava lá no embaralhado e lá também sou eu, é que o mim mais equilibrado é gostoso. É bom estar mais livre e sem criar obstáculos com o que acontece.
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