Cabelim de fogo ressuscitando devagarinho na vida. Perder alguém que amei profundamente foi surreal, a cabeça aceitou antes do corpo. Ôuôu luluzinha que sabe de nada... e a cabeça puft, caiu, e depois o baque do corpo. Perder alguém como painho me desmoronou inteira, mas talvez isso faça sentido, a vida cobra ressuscitar, como quem diz: dá um jeito, coloca de volta a cabeça em cima do pescoço e segue! E sem escolha eu fui me reorganizando.... a vida sem parar de cobrar movimento, 8 dias de licença por falecimento... (isso no RJU, CLT é o mínimo) mas o corpo, ahh esse mente não, a rebordosa tá pesada, esse só vou reconquistar aos poucos, já tentei tomar ele de assalto e não vai, não mesmo. Respeitar o tempo dele enquanto vou estudando o meu mundinho, que mesmo pequenininho é um universo inteiro. E Ana marrenta chegou junto e eu junto dela, bora filha, bora mainha, bora filha, bora mainha, e vamos seguindo. A vida é bonita e eu tenho muito.❤️
Ressignificar
Era para ser uma tênue lembrança? Pois bem, não foi o que veio, não de início. Asco, raiva, revolta, medo, incompreensão, assédio moral e sexual, memórias congeladas formaram uma vítima. Um perigo isso! E uma pena, um desperdício. Quase meio século de escolhas voltadas com o olhar para essa criança. A adulta carregava enraizada a criança assustada, não merecedora. E uma crença assim sai fácil não, tem coisa que uma vida só não resolve. Se disfarça, se esconde, se nega, adulto é tinhoso, mas no meio do peito ela está lá, lembrando quem é você, de onde você vem. Um peso vivo e congelado, e adianta ter raiva e negar não, um dia só melhora se fizer as pazes com ela. E então esse dia chegou, afinal! Mas nem pense que ele chega assim, de supetão, divino e gratuito, é um aprendizado que dói. E liberta, como liberta! O acaso: Começou com uma postagem no Instagram, a mulher postou uma figurinha sobre empoderamento feminino. Que audácia! Havia muitos momentos em que a adulta es...
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