Estar sozinha é um luxo estranho e adorável. Estou aprendendo sobre mim mesma e estou gostando. Ontem ouvi Antonia dizer que sabe que no futuro sentirá muita falta de um companheiro. Será que eu sentirei? É muito provável, mas eu espero em um tempo médio estar com alguém cujo bem querer seja recíproco.  Estou mudando em tantos aspectos, num tá com a gota que não vá achar alguém que combine comigo e que eu e ele queiramos continuar depois que a paixão passar. 
Quero um amor sossegado e perene, que permaneça na estiagem e na exuberância,  parece que tou descrevendo um rio que cansou se ser metido a mar bravo e se rende, pois é isso que desejo, um amor com gosto de tou cansada, vamos descansar um no outro e fluir com a vida. Acredito que o amor é simples, mas demora-se muito para entender isso, pelo menos eu demorei.

Um ponto importante que falta fazer é deixar Antônio descansar, tá na hora (na verdade já passou da hora), de eu me desvincular da memória dele, ainda fico surpresa com a minha capacidade de pensar em alguém que está sem pensar em mim. Ontem tive um insight importante que clareou as coisas.

De fato e como ele disse, Canto de Ossanha fez parte do cotidiano dele, assim como Hair of the dog. O que eu tenho a ver com isso? Nada. Fui eu que me prendi a isso e inventei uma história para me manter presa. Fui eu que bloqueei ele pouco antes de painho falecer, para não ouvir mais alguma música e achar que era malvadeza comigo, num jogo meio sádico por mim imaginado, de quem não tem força de assumir o que sente. Eita que criei uma novela mexicana.

E me diga cá, mocinha: desde quando tu se tornou adivinha da mente dos outros?
- Desde que eu criei uma história na minha cabeça!😁 O caba tava cagando e eu esperando o quê? 😂 A verdade é phoda mas liberta. Esse quadro é a cara de Antônio sendo Antônio e eu querendo que ele fosse Antônio de Luciana. 
É engraçado porque é cômico mesmo. Que viagem.


O trio distância, silêncio e tempo já fez vários aniversários em relação ao que um dia tive com ele. E se ele permanece bem assim, por que diabo eu vou ficar achando que seria diferente do que é? E por coincidência ontem depois do insight vi uma postagem do Meditando Junto. 

"...O amor negativo te leva a lugares incompletos. 
O amor negativo nunca se completa, por isso é sempre um mensageiro da completude. 
Uma lembrança daquilo que não foi... mas que não deixa de ser um convite para aquilo que é possível. 
Pode surgir como um apego sem resposta, desses que você queria tanto, mas não se concretiza. (que força é essa que tenho de querer me conectar tanto?)
Enquanto estou na prisão do amor negativo, um pedaço da minha alma está amarrada na fantasia, na expectativa e/ou na melancolia.
Soltar, nesse caso, é reapropriar-se do que é teu e você colocou ali, na mão do outro.
Lembra de fazer o teu resgate para o amor mesmo te chamar para dançar".

Porra, muitas partes do texto falaram diretamente com o meio do meu peito. É o momento de eu lidar com isso.  

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