Estou sozinha na casa de mainha, que foi em João Pessoa. Fui em casa pegar umas coisas, minha casa tá um cu de boi aos cuidados de minha filha, da cadela e da gata. Não estou lá nem sei quando volto, então tudo bem comigo, só reguei as pobi das plantas.

Peguei umas coisas e fui ao mercado, vi o povo na rua acelerado com o carnaval, as meninas estão na rua hoje mas não desejo ir. Esquentei meu almoço ouvindo música e coloquei uma dose de whisky com água de côco.

Karyna e Jean chamaram para dar uma volta mas tou bem aqui, vontade de ficar comigo. E agora deitada deu saudade de um chamego, um carinho e um cochilo abraçada, mas isso exige intimidade.

Intimidade é que eu mais gosto em um relacionamento, então ficar por ficar não tou com vontade.

Quando levantar vou ajeitar umas coisas, assistir uma aula e pintar as unhas, voltei a gostar de pintá-las, também vou hidratar o cabelo e mexer em artesanato ou, não sei ainda, talvez volte atrás no convite pra dar uma volta. 
 
Ontem, de uma conversa longa no grupo, guardei: "Quando a mente está cheia de obstáculos, quando ela está se obstaculizando, significa que a reificação está muito intensa, que estou colocando muita densidade em um aspecto da realidade como sendo a verdade". 

Estar aprendendo a me desgrudar de uma forma de ver absoluta tem sido uma grande conquista e libertação. Acredito que se não estivesse sozinha não teria tanta liberdade de me apresentar a mim mesma.

Gostar de estar comigo é um presente que tenho saboreado, daqui ouço a festa do Oiti, pertinho lá de casa, no passado estaria lá ou em Olinda, mas que alívio hoje estar protegidinha aqui. 

Adoro as possibilidades dos sábados.

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