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Mostrando postagens de dezembro, 2024
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Por quê seguir para 2025 com esperança? Sobre os motivos, são tantos! Venho buscando saídas para as minhas questões desde 2018 (fazia terapia antes desse ano, mas ainda não tinha conseguido enxergar que eu vivia dentro de um padrão e todas as adaptações e jogos que nasceram daí). Quando comecei a ter percepção dos mecanismos de funcionamento da mente e conhecimento sobre padrões que se repetem, situações gatilho, caminhos de reações petrificadas, eu quis buscar saída. Comecei a achar que morar em mim estava insuportável, tinha de existir outras formas de olhar a vida e estar nela. Então o curso Desbloqueando padrões de relacionamento entrou como uma parte do caminho, depois de algum amadurecimento. Li o Corpo Guarda as Marcas, e quando saiu o curso com o livro, foi um presente! Tive uma infância com questões marcantes que criaram muita adaptação. Tive muitos relacionamentos, aqui falando de casal, alguns importantes. Muitos que olho pra trás e penso: Como eu consegui ficar ali!??? (mui...
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O trauma me fez aprender adaptações para continuar existindo, uma delas foi sentir a dor do outro como minha, toma-la para mim, na necessidade de ser reconhecida. O processo trouxe o aprendizado de saber enxergar a dor do outro. A dor trouxe o dom. Mas não havia sabedoria, eu entregava meus pedaços para a cura do outro, fragmentada. A busca constante, curiosa, focada e bem orientada trouxe amadurecimento, fiz o caminho de volta, reconhecendo e recolhendo meus cacos no percurso. Achei que ia morrer. Renasci. Da dor nasceu um dom, mas ele só pôde despertar com sabedoria junto com o meu despertar. Ele está tomando força e equilíbrio, porque eu estou tomando força e equilíbrio. Foi preciso eu me perder para aprender a usar o meu coração para me encontrar, do contrário eu não alcançaria a sensibilidade da compaixão.  Agora eu posso começar a não me confundir. Eu posso até ir ao outro, permanecer inteira é base e estrada, então posso abrir o meu coração e ver a tua ferida, posso te ouvir...

Consagração

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             https://www.instagram.com/p/DDLUAe3Jykb/?igsh=MW5zenZ4cTFqMzZyag== Da dor nasceu um dom, mas ele só pôde despertar com sabedoria junto com o meu despertar. Ele está tomando força e equilíbrio, porque eu estou tomando força e equilíbrio. Agora começo a entender porque eu me perdi na minha dor e porque eu me perdi na dor dos outros. Sem a dor o dom não seria lapidado. Através do meu sofrimento eu me adaptei de muitas formas, e para ser reconhecida eu acolhia em mim a dor do outro como sendo minha, me esforçando para agradar e ser aceita. Isso me deu conhecimento sobre acolhimento, talvez, sem trauma eu não teria ferramentas para amadurecer o dom, eu não teria dado tanto espaço aos outros. Não preciso mais disso, estou aprendendo a ser gentil comigo, e assim o dom vai se manifestando com um propósito.  Não é necessário tomar a dor do outro para mim, é justo o contrário, ajudar o outro a se tornar consciente da própria dor e cuidar dela. ...

Abertura

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  E um dia eu verei o quem eu sou, verei onde eu virei a minha identificação com a pedra, como um sujeito que agarrou o objeto e se objetificou. O lugar onde eu me congelei na muralha criada por mim, onde ser eu se tornou insuportável e exigiu adaptação severa. E esse dia começou, eu estou me libertando do congelamento entre sujeito e objeto... e então cheguei no eu não sou, não o eu não sou da criança identificada com a pedra e se congelando no trauma, agora eu sou o eu não sou adulto. Eu não sou a pedra.  Criança, você não é a pedra, não é mais necessário ter porta nem muralha e eu vou te mostrar. Descobri ainda ontem que a porta/muralha não tinha fechadura mesmo. Eu criei ela. E que depois dela não há outra porta a abrir, não há um eu sou mais agradável para ser nomeado. Se eu não sou mais pedra, agora o eu apenas eu sou. Abracadabra! Eu sou não precisa de definição!, só precisa de dois passos que podem levar uma vida inteira: 1) Eu vejo a Pedra! 2) Eu vejo que não sou a pe...

Sensível

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"Meu bem, você já pensou que pode estar lhe exigindo respeito? Respeita seu cansaço, respeita seu novo olhar. Foi demorado". Foi, foi demorado chegar onde estou em mim. Foi demorado acessar a dor e foi muito dolorido; É. Chegar ao que parece ser a base da pedra é um caminho de muitas portas, venho abrindo uma a uma. A porta do não perdão, vergonha e culpa. Em seguida a porta da raiva e mágoa. E por fim a porta do Eu não sou. Desta última, a do Eu não sou, já descobri um bocado sobre ela, ela é sobre não ser, sobre me diluir no mar. Alguém que se desesperou quando não viu saída, e se desfez na nova realidade apresentada, sendo quem quer que fosse para sobreviver. Era uma criança. E então cheguei na próxima porta: Eu sou?  E vejo, a porta ainda está fechada, ainda é pesada e não consegui abrir, uma muralha. E então chegou outra pergunta óbvia: Eu não sou? Sim. Você não é. Você é alguém que não existe. Olho para essa resposta que traz um sentimento, de bloqueio. Mas, e se eu sou...
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Ontem foi a confraternização do trabalho.  Me concentrei para focar na gentileza do meu chefe, em trazer lembranças simples para fazermos um amigo secreto na hora e em deixar o presente mais especial para a moça que tanto nos ajuda e é terceirizada. Em levar um torta para o almoço quando o aniversário mais recente foi o dele. De fato, ele é gentil, quando tirei licença para cuidar do meu pai, ele não questionou (sim, eu estava amparada pela legislação), mas ouvi questionamento do outro chefe, e eu soube me posicionar. Desse chefe senti respeito e compreensão, ele é um jovem pai de três filhos, talvez isso ajude. Eu sou responsável no meu serviço, dou conta. Antes me concentrei no cuidado que tivemos em chegar no trabalho mais bem vestidos para o almoço, houve quem fez unhas e cabelo. A promessa era de um encontro harmonioso, uma idealização minha. E por que me concentrei nisso? Porque foi a parte que fez valer estar ali. Por que eu sei que não quero mais ir a um restaurante daquele...
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 Sinto inveja de quem gosta, acho que faltei nessa aula de suportar frio.  É um prazer imenso chegar tirintando e ficar dentro do carro quente, melhor ainda se o carro tiver ficado no sol, dá uma sonolência maravilhosa, depois o calor vai se chegando, chega dá pra sentir o sangue voltando a circular.  Se tem meditação focada em acompanhar a sensação no corpo, essa é das boas.  A primeira vez eu tinha uns 4 ou 5, lá em São Luis, tinha um colchão no sol e eu me deitei encolhida aproveitando o calor, ainda é a mesma sensação.  Não penso, só me entrego à sonolência e fico ali quietinha na delícia do mormaço, nem acordado e nem dormindo, até que sinto um calorzinho bom chegando e vou voltando do entorpecimento.